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Etapas do Processo de Criação de Pequenos Negócios Ser Empreendedor




São muitos os motivos pelos quais as pessoas decidem montar sua própria empresa:

  • Sensação de liberdade;
  • Provar que é capaz;
  • Certeza do sucesso;
  • Disposição para desenvolver idéias;
  • Vontade de ser seu próprio patrão;
  • Desejo de ganhar mais dinheiro;
  • Para aplicar os recursos disponíveis;
  • Por estar desempregado.
Abrir sua própria empresa é um desafio, é um risco que o empreendedor deve assumir. Dificuldades nos aspectos emocionais quanto à necessidade de aceitação, afeto, reconhecimento e dificuldades em assumir erros, podem levar a um sentimento de insegurança em relação às decisões a serem tomadas. Para tanto, há necessidade de um ato de vontade direcionada à solução destas dificuldades. É preciso enfrentá-las até que se alcance equilíbrio, harmonia e persistência para começar novamente quando errar ou fracassar.

Criar um negócio, manter e expandi-lo, só se consegue ao longo do tempo. Os aspectos da personalidade do empreendedor são capazes de influenciar o sucesso da empresa. É preciso que ele conheça suas características psicológicas no sentido de desenvolvê-las na direção do perfil do empreendedor bem-sucedido.

IDENTIFICAR A OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO

1 - O empreendedor e a Economia Globalizada e Competitiva

A globalização da economia e a abertura dos mercados aumentam a concorrência, ampliando desafios e perspectivas para novos empreendimentos. O crescimento dos sistemas de parceria como franquia, terceirização e formação de pólos empresariais tem contribuído para criação de novos negócios. Novas tecnologias avançadas, sobretudo de informática, comunicação e produção afetam cada vez mais as empresas e suas operações. O empreendedor de hoje precisa ser ético nos negócios, se preocupar com a qualidade, buscar e dominar informações, entender o que deseja o cliente e preservar o meio ambiente, necessitando, assim, de se capacitar.

2 - Passo a passo para a busca de oportunidades de negócios

Buscar oportunidades de negócios é dedicar-se a pesquisas de dados e informações que possibilite identificar um ramo ou setor da economia que seja propício ao investimento de novos negócios. Significa envolver-se num processo de descoberta dos melhores caminhos para a concretização de empreendimentos que tenham possibilidades de sucesso. Uma oportunidade pode ser entendida como uma circunstância, ocasião ou rumo de ação - que vale a pena ser seguida e explorada - para se criar um núcleo de atividades de uma empresa, segundo os critérios de grupos de clientes almejados, necessidades atendidas e tecnologias utilizadas.

1º Passo - Organização das atividades

Ao iniciar qualquer atividade, é imprescindível que exista um planejamento prévio para facilitar a execução das tarefas a que se propõe o empreendedor. Inicialmente, ele deve definir se pretende conduzir seu negócio sozinho ou em sociedade e, neste caso, o perfil do(s) sócio(s) que deseja ter. É importante, também, atentar para uma infra-estrutura mínima de apoio (local para reuniões/estudos, compra de material de escritório/revistas/livros, telefone) e para os prazos definidos.

2º Passo - Direcionamento estratégico

O empreendedor deve escolher algumas áreas de ataque para centrar seus esforços e não dispensar energias atirando para todos os lados. Os pontos indicados para compor o direcionamento estratégico são:

O empreendedor deve estabelecer seus objetivos, levando em conta seus anseios, a fim de balizar a escolha do negócio de acordo com sua maior satisfação ou conveniência.

Análise de pontos fortes e fracos - o empreendedor deve considerar suas forças e fraquezas, baseando-se em algumas áreas principais, como: Formação educacional formal, habilidades, interesses, relacionamento com outras pessoas, Conhecimentos e Experiência.

Avaliação de recursos e capacidades - o que, efetivamente dispõe o empreendedor para abrir sua empresa: o capital, capacidade administrativa e gerencial, acesso à mão-de-obra, acesso a terrenos e imóveis e tecnologias dominadas.

Concepção dos princípios norteadores da busca de oportunidades, que são a essência do direcionamento estratégico e que foram apontados a partir dos objetivos, pontos fracos e fortes, recursos e capacidade de identificá-los pelo empreendedor.

3º Passo - Identificação do nicho de oportunidades

Oportunidades existem em toda parte. Dessa forma, cada empreendedor pode identificar um determinado nicho, isto é, um local onde estão as suas oportunidades específicas, estritamente vinculadas à sua capacidade competitiva e onde ele desfruta um diferencial. Desta forma, o nicho de oportunidades estabelece áreas mercadológicas que se coadunam com as peculiaridades do empreendedor.

4º Passo - Análise das fontes de oportunidades

Existem inúmeras fontes de idéias sobre oportunidades, que podem ser divididas nos seguintes grupos:

Fontes no ambiente interno de empresas - geralmente se relacionam a uma ou várias necessidades de determinadas empresas de um ramo;

Fontes relacionadas ao ambiente externo nacional, como necessidades não satisfeitas, deficiências, "hobbies" ou modismos, imitação criativa, patentes e licenças, feiras nacionais, entre outras;

Fontes relacionadas ao ambiente externo internacional - novidades trazidas do estrangeiro, câmaras de comércio, agentes de comércio exterior, catálogos e feiras internacionais; fontes relacionadas ao ambiente futuro - são as dos negócios que exploram conceitos vanguardistas, ligados a futuras mudanças.

ANÁLISE DOS RISCOS

O conhecimento de alguns aspectos da vida das empresas deve permitir a avaliação do grau de atratividade do empreendimento, subsidiando a decisão do futuro empresário na escolha do negócio que pretende desenvolver. Basicamente, os riscos do negócio referem-se a:

Sazonalidade - se caracteriza pelo aumento ou redução significativos da demanda pelo produto em determinada época do ano. Os negócios com maior sazonalidade são perigosos e oferecem riscos que obrigam os empreendedores a manobras precisas. Quando em alto grau, é considerada fator negativo na avaliação do negócio.

Efeitos da economia - a análise da situação econômica é questão importante para a avaliação da oportunidade de negócio, já que alguns deles são gravemente afetados, por exemplo, por economias em recessão.

Controles Governamentais - setores submetidos a rigorosos controles do governo, nos quais as regras podem mudar com freqüência, oferecem grande grau de risco e são pouco atraentes para pequenos investidores.

Existência de Monopólios - alguns empreendimentos podem enfrentar problemas por atuar em áreas em que haja monopólios formados por "megaorganizações", que dominam o mercado, definindo as regras do jogo comercial. No Brasil, a comercialização de pneus, produtos químicos em geral e tintas são exemplos típicos de segmentos fortemente monopolizados.

Setores em estagnação ou retração - nestes setores há uma procura menor que a oferta de bens/serviços, o que torna a disputa mais acirrada. Nas épocas de expansão e prosperidade de negócios, ao contrário, novos consumidores entram no mercado, promovendo a abertura de novas empresas.

Barreiras à entrada de empresas - referem-se a obstáculos relacionados com: exigência de muito capital para o investimento; alto e complexo conhecimento técnico; Dificuldades para obtenção de matéria-prima; Exigência de licenças especiais; Existência de contratos, patentes e marcas que dificultam a legalização da empresa; Outros.

DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO

Nesta etapa, o empreendedor deverá definir o seu negócio, que consiste na descrição sumarizada dos três elementos fundamentais de qualquer empreendimento:

a) As necessidades do cliente - por que os clientes buscam o produto/serviço? Que necessidade ou desejo eles apresentam em relação à área de atividade da empresa (alimentação, lazer, etc.).
b) Os grupos de clientes - quem são eles?
c) A forma de atendimento das necessidades dos clientes - que tecnologia ou processo produtivo deve ser utilizado para satisfazer as necessidades dos clientes?

PLANO DE NEGÓCIO

O plano de negócio é um documento escrito que tem o objetivo de estruturar as principais idéias e opções que o empreendedor analisará para decidir quanto à viabilidade da empresa a ser criada. Numa visão mais ampliada, o plano de negócio tem as seguintes funções:

Avaliar o novo empreendimento do ponto de vista mercadológico, técnico, financeiro, jurídico e organizacional;

Avaliar a evolução do empreendimento ao longo de sua implantação: para cada um dos aspectos definidos no plano de negócio, o empreendedor poderá comparar o previsto com o realizado;

Facilitar, ao empreendedor, a obtenção de capital de terceiros quando o seu capital próprio não é suficiente para cobrir os investimentos iniciais.


Alguns pontos devem ser observados na elaboração do plano:

  • Equilibrar tanto interesse próprio quanto de terceiros, sobretudo quando há apoio financeiro de terceiros;
  • Determinar um prazo para a conclusão dos estudos;
  • Fazer, num prazo determinado, uma agenda de trabalho;
  • Relacionar entidades e profissionais a serem consultados;
  • Dar extensão adequada ao plano de negócios, sem resumir ou estender demasiadamente as informações;
  • Analisar todos os aspectos componentes da estrutura do plano com informações de natureza quantitativa e qualitativa;
  • Adotar, quanto à divulgação do plano de negócio, posturas adequadas nos momentos oportunos, como, por exemplo, não divulgar informações antes da operacionalização da idéia. 

NEGOCIAÇÃO

Tendo em vista o montante de recursos necessários à implantação do negócio, o empresário deverá providenciar, seja através da formação societária ou até mesmo, de linhas de crédito de apoio à criação e ao desenvolvimento de micro e pequenas empresas, oferecidas pelas instituições financeiras.

A Sociedade


São muitos e freqüentes os problemas gerados com a formação de "sociedade” entre eles: formação de sociedade com pessoas que não se complementam, podendo gerar no futuro disputa pelos mesmos espaços; constituição de sociedade entre sócios, amigos e/ou parentes sem os devidos conhecimentos tecnológicos, habilidades administrativas e objetivos comuns; não definição de um planejamento estratégico e operacional, discutindo antes de dar início ao negócio, itens que possam surgir como fatores de atrito no futuro; indefinição da forma de distribuição de lucros; indefinição dos papéis exercidos pelos integrantes da sociedade, bem como o limite de autonomia.
Aspectos Importantes para Encontrar o Sócio Ideal: analise se os objetivos dos sócios são os mesmos, tendo em vista o grau de ambição de cada um e a dimensão que aspiram para o negócio; divida as tarefas antes de montar a empresa. Defina o campo de atuação de cada sócio e escolha os funcionários em conjunto, principalmente quando se trata do contador; a participação de capital de cada sócio deve ser igual, caso contrário, as cotas devem ser bem definidas; defina com antecedência a retirada "pró-labore", a distribuição dos lucros e o quanto será reinvestido na própria empresa (durante quanto tempo), caso um dos sócios entre apenas com o capital, esse item se torna mais importante ainda; determine o horário de trabalho de cada sócio. Estabeleça quem trabalha em feriados e quando cada um tira férias; estabeleça o grau de autonomia de cada sócio e até que ponto um dos envolvidos pode tomar uma decisão sozinho; determine se os familiares poderão ser contratados e quanto por parte de cada sócio; defina o que acontece com a sociedade quando um dos sócios morrer ou não puder mais trabalhar; determine o esquema de sucessão da empresa; escreve esses e outros pontos que possam gerar atritos futuros em um contrato assinado por todos os sócios.

O Financiamento

Em relação às linhas de crédito disponíveis no mercado, as mesmas deverão se analisadas devendo o empreendedor observar as condições oferecidas (carência, prazo para pagamento, encargos e limite). A maioria das instituições financeiras exigem garantias (real e/ou aval) no total de 130% do fator financiado, ou seja, 30 % acima do montante liberado.

Por exemplo, num financiamento de uma máquina de 10.000 Reais, a empresa deverá oferecer como garantia real (bens da empresa ou dos sócios), desde que não sejam considerados bens de família.
O SEBRAE-ES através de convênio firmado com algumas instituições financeiras apóia a obtenção de crédito para investimento fixo e capital de giro, contribuindo para o surgimento de empresas através da elaboração de estudo de viabilidade econômico financeira.

INSTALAÇÃO E FORMALIZAÇÃO

Precedendo à instalação e formalização da empresa, faz-se necessário uma série de providências e observações, quais sejam: verificar se o local atende às especificações do projeto, em termos de área adequada à produção e/ou serviços prestados, proximidade com os mercados consumidores e fornecedores e existência de mão-de-obra especializada nas imediações do local; solicitar a busca prévia de localização junto à prefeitura a fim de verificar possíveis impedimentos em relação à montagem do negócio, tendo em vista o plano diretor urbano do município; existem atividades cujo negócio depende de formalização de sociedade, não sendo permitido o registro como firma individual. É o caso das prestadoras de serviços de profissão regulamentada e do serviço de representação comercial por conta de terceiros. Os estrangeiros que não possuem o visto permanente também estão sujeitos a algumas restrições quanto à formação da empresa (sua natureza jurídica) e atividade explorada; verificar a existência de áreas industriais na prefeitura do município onde pretende instalar-se, pois, na maioria das vezes, estas áreas são financiadas e/ou subsidiadas, além de possuírem infra-estrutura adequada para instalação; a formalização da empresa prevê uma série de procedimentos burocráticos de registro, sendo estes diferenciados de acordo com a atividade da empresa, seja ela indústria, comércio ou serviço.

OPERACIONALIZAÇÃO

Para o entendimento das questões relativas aos aspectos técnicos do empreendimento, o futuro empresário deve considerar: 

  • A localização - em nível macro e micro;
  • As instalações, os equipamentos e o mobiliário;
  • A descrição técnica do produto/serviço;
  • Processo produtivo/operacional - tecnologia, arranjo físico e controle de qualidade;
  • A equipe de recursos humanos.

Os aspectos técnicos do negócio constituem a parte mais peculiar de um empreendimento, pois é este campo que permite a diferenciação entre uma e outra empresa.

ESTRATÉGIA COMPETITIVA

A empresa está inserida num ambiente de negócios dinâmico que precisa ser continuamente monitorado pelo empreendedor. Só assim estará mais bem preparado para a tomada de decisões estratégicas relacionadas à implantação do novo negócio quanto aos aspectos mercadológicos, técnicos, financeiros, jurídicos e operacionais.

Aspectos Mercadológicos - mudanças que afetam o comportamento do público da empresa. Com relação à concorrência, em que aspectos o novo negócio poderá superá-la: produto, preço, propaganda ou distribuição.

Aspectos Técnicos - mudanças que influenciam a localização da empresa; maquinário; tecnologia utilizada e processos operacionais.

Aspectos Financeiros - linhas de financiamento oferecidas; políticas governamentais; qual será o montante de recurso próprio que será investido; margem de lucro desejável.

Aspectos Jurídicos - mudanças nas normas e instrumentos jurídicos que dificultam ou facilitam a abertura de novas empresas.

Aspectos Organizacionais - novas posturas sindicais, gerenciais, relações de parceira, definição do perfil dos integrantes da equipe.


Fonte: SEBRAE
Fonte da imagem:gettyimages

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